Dói
falar para
dentro,
nesse monólogo
difícil, vigiado de soslaio
com invisível
sarcasmo.
Dói
esse apanhar
sem presença consistente ,
sem sons, sem
tempo,
sem formas
palpáveis , sem consciência,
todo correto
nos metros, nas rimas, nas linhas tortas,
encruzilhado no
tempo, imobilizado no repetir-se
sem sentidos.
Dói
de uma dor
incurável, intocável, insondável, insolvente,